O início de uma ação coletiva em prol dos que têm fome (de comida e de cultura)
Em junho tivemos o terceiro mês da ação coletiva em prol dos que têm fome (de comida e de cultura).
Desde o início da pandemia, esta pergunta nos persegue e movimenta: qual será a nossa contribuição enquanto pesquisadores diante dos novos desafios? Durante o ano de 2020, vivemos experiências em grupos, participamos de encontros e conversas, estudamos coletivamente em diferentes caminhos para reinventar a vida – a vida das escolas, a vida da arte e a vida da cultura. Essa é a nossa forma de existir e resistir, de fazer riscos no mundo: vivendo e fazendo Arte, Cultura e Educação.
Nossa pesquisa é chão, é pesquisa ação, pesquisa para que as pessoas possam viver vida boa e digna. Acreditamos que a pesquisa só tem sentido para que todos e todas tenham direito ao conhecimento científico, ao patrimônio artístico e cultural e ao pão!
Vimos agravar a fome dos artistas, das famílias e de nossas crianças e estudantes. Unimos esta fome que vem do corpo à nossa fome de afetos, de estarmos juntos, de pesquisar e de lutar pela arte, pela ciência, pela cultura e pela educação. Afinal, “a gente não quer só comida. A gente quer comida, educação e arte...”.
O Grupo de Pesquisa Arte e Formação de Educadores e o Lapietra Educação se uniram para organizar uma agenda de encontros, que se iniciaram no mês de abril e tiveram a sua continuidade no mês de maio.
Cabe aqui dizer que esta é uma ação 100% coletiva. Assumimos a organização, mas são muitos os educadores, artistas, arte/educadores e pessoas especiais que aderiram ao projeto, colaborando com seus saberes, com seus sabores, com sua arte. Agradecemos imensamente a generosidade de todos que participaram dos encontros.
Publicaremos mensalmente a nossa agenda de encontros nas nossas redes sociais (siga @lapietraeducacao) e para onde deverão ser encaminhadas as contribuições. A fome tem pressa, não pode esperar.
Sobre a ONG de junho:
ColetivA MAÊ
Com o agravamento da pandemia e da crise e o crescente número de pessoas vivendo nas ruas, a ColetivA criou o "Quebrada sem Fome", onde elas trabalham com montagem de cestas básicas e no preparo e entrega de marmitas para pessoas em situação de rua ou extrema pobreza.
Nossa agenda foi assim:
Dia 04 de junho, sábado
Maria Aparecida, que é Educadora e Pesquisadora, atua na formação de professores inicial e continuada desde 2001. Atuou como diretora de creches na rede de São Paulo na gestão da Luiza Erundina. Atualmente é professora da FE Unicamp no curso de Pedagogia e Pós-Graduação em Educação.
Ela falou sobre o livro “Gestão na Educação Infantil: cenários do cotidiano”, que é de sua autoria. O livro traz estudos sobre a escola de educação infantil sob o prisma do cotidiano de um Centro de Educação na periferia urbana da Grande São Paulo.
Dia 11 de junho, sexta-feira
Eleni Bambini Gorgueira, educadora, Mestre em arte e educação, terapeuta transpessoal, professora no ensino superior e pesquisadora do grupo Arte e Formação de Educadores da Unesp.
Ela nos brindou com uma conversa sobre Terapia Transpessoal: uma visão do ser integral. Uma conversa sobre o cuidado nas relações. Cuidar de si e cuidar dos outros no miudinho da vida.
Dia 19 de junho, sábado
Lucilene de Lucca Marini, mulher, mãe, avó, pedagoga e psicopedagoga. Ela acredita na potência das crianças, das histórias e das memórias.
O tema do encontro foi: “uma avó e três netos, juntos, buscando sentidos para a vida”.
Se você perdeu, tudo bem! Fique a vontade para assistir a todos os encontros.
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